quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A cultura do ”faça você mesmo”

Hej,

Depois de um tempo sem conseguir me dedicar ao meu Blog, hoje, consegui, finalmente, parar para escrever algo.

Resolvi falar sobre essa cultura sueca do “faça você mesmo”. Escolhi este tema, justamente, porque hoje sinto muito mais os efeitos dessa cultura em minha rotina.

E quando eu digo “faça você mesmo”, quer dizer: “faça TUDO você mesmo”.
E não quero dizer apenas sobre os móveis do IKEA, que já são famosos por virem desmontados e com o manual para nós mesmos montarmos.

No Brasil, estamos acostumados a ter diversos tipos de serviços, que facilitam muito nossa vida e que, de modo geral, tem preços acessíveis.
Na Suécia, alguns serviços são difíceis, pra não dizer raros, de se encontrar.

Agora, vou citar meus exemplos, que estão diretamente ligados à minha rotina.

Sempre trabalhei fora de casa e, por este motivo, sempre tive uma pessoa (uma anja da guarda) para me ajudar com os cuidados da casa. Pois bem, aqui, além de trabalhar fora, temos que fazer o trabalho da casa também. Ou seja, algumas horas de algum dia serão dedicadas à faxina! Isso não significa que este tipo de serviço não exista por aqui. Existe sim, mas há algumas considerações. Primeiro, o serviço oferecido é um pouco diferente. Cobra-se por horas de serviço e a faxina é no estilo sueco, ou seja, aspirador e sprays de limpeza. Confesso que para meus padrões, não é suficiente, então eu mesma a faço. Segundo, o valor é bem alto para estes serviços. É comum ouvir que os suecos contratam esporadicamente a limpeza. Aliás, serviço à parte, eles acham um absurdo o quanto de tempo gastamos para manter a casa limpa e organizada.

Aqui fica minha primeira reflexão: talvez eu também devesse rever meus valores e pensar em investir meu tempo no que realmente vale à pena.

Serviço de entrega nos restaurantes.
Como era bom pedir aquela pizza e esperar a entrega!!
Na minha cidade, não encontrei nenhuma pizzaria assim. Encontrei um serviço de delivery para sushi, apenas.
Sabe, aquele momento que não estamos a fim de cozinhar e queremos pedir algo? Pois é, nem sempre rola (pra não dizer quase nunca).
Além disso, como comer fora aqui pode ser bem custoso, a frequência diminui também.

E aqui fica minha segunda reflexão: será que este é um modelo que funciona aqui exatamente pela cultura de fazer tudo por si só? Eu mesma faço a comida ou eu mesma posso comprá-la pessoalmente?

Bem, fato é: muitas vezes me fico aborrecida com esse costume daqui, mesmo tenho a consciência de que sou eu que preciso me adequar, pois não estou no meu país.

Até a próxima!

Vi ses!


Priscilla

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