terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Falar inglês é suficiente? (BPM)

Hej,

No mês de janeiro/2017, escrevi um artigo (link aqui) para o Brasileiras Pelo Mundo, que fala sobre vir para a Suécia e falar apenas inglês.

Vou contar aqui minha experiência a respeito deste assunto.

Antes de me mudar para a Suécia, li muitos artigos, conversei com várias pessoas e, apesar de saber que a língua daqui é o sueco, vim para cá tranquila, achando que levaria um vida normal falando apenas inglês.

Engano meu!

Quando o assunto é visitar lugares turísticos, realmente não há muita preocupação quanto ao idioma, mas morar aqui não é viver o turismo.

Todas as placas de trânsito e avisos, jornais, canais de TV, comida, utensílios para casa, produtos de limpeza, roupas, ou seja, tudo está escrito em sueco, claro. Então, ao chegar aqui, os aplicativos tradutores viraram meus melhores amigos. Além disso, conseguir um emprego vira um tarefa árdua, que exigirá muita persistência e força de vontade, pois quem não fala sueco está sempre um passo atrás de quem fala.

A grande maioria da população fala inglês, mas isso não significa 100% e também não significa que todos são fluentes. Por isso, é preciso tomar cuidado ao ficar acomodado na língua inglesa num país que se fala sueco.

Livros para estudo de língua sueca
Foto: Arquivo Pessoal
A língua é a essência de um povo, e não só uma forma de comunicação. Portanto, para viver aqui e poder compreender mais sobre a cultura deste povo e se socializar mais, o idioma é a chave.

Assusta um pouco chegar aqui e ver o quanto aprender uma nova língua é essencial para uma vida normal no país. Então, minha dica para quem pensa em vir para a Suécia é: comece a estudar sueco assim que chegar, porque o inglês NÃO é suficiente.

Vi ses!

Priscilla

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Sendo minha melhor amiga

Hej,

Quando mudamos de país, abrimos mão de muita coisa: família, amigos, trabalhos, rotina.

Algo importante que essa mudança me proporcionou foi poder me conhecer melhor, pensar mais em mim mesma, ser minha melhor companhia.

Mariefred
(Foto: Arquivo pessoal)
Com meu marido trabalhando e eu em casa o dia todo, não me faltam oportunidades de pensar, criar, fazer acontecer. Uma coisa é certa, não se pode dar espaço para a tristeza, a depressão, a dor da saudade. A vida segue e temos que ir para frente e pensar no futuro.

Quando cheguei aqui, não pude começar as aulas de sueco, pois precisava esperar passar as férias de verão. Então, fiquei 3 meses sem ter algo concreto para me dedicar. 

Aproveito sempre para andar pela cidade, ler, escrever.

Aproveito vários momentos para pensar nas coisas que eu quero e, claro, deixar claro para mim mesma as coisas que eu não quero.

Aqui, com o culto menor à vaidade excessiva, aprendi que não preciso ficar maquiada o tempo todo. Aprendi a gostar me mim mesma, usando apenas um hidratante facial e outro labial.

A gente se descobre muito, mas para isso, precisamos dar chance aos bons pensamentos e ter muita perseverança.

Vi ses!

Priscilla

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Aprendendo a cozinhar de verdade!

Hej!

Hoje, quero contar sobre uma das coisas que morar na Suécia tem me proporcionado: cozinhar.

Logo que cheguei aqui, uma grande preocupação era a culinária. Não sabia quais ingredientes encontraria (uma vez que muito se falava sobre a falta de vários itens aqui). E como adoro comer, logo pensei que poderia passar aperto. Engano meu! Ufa!

Não que eu cozinhasse maravilhas no Brasil, mas hoje tenho vários motivos para cozinhar mais e melhor.

Foto: Arquivo Pessoal

1 - Tenho mais tempo livre. Minha rotina, enquanto um trabalho fixo não chega, é cuidar dos afazeres domésticos, da minha filha peluda Maggie e estudar sueco. Dessa forma, tenho um pouco mais de tempo para me dedicar em aprender a fazer delícias, testar e me arriscar mais na cozinha.

2 - Minha mãe não está por perto. D. Fátima é uma cozinheira de mão cheia e, além disso, ama cozinhar. Enquanto estava no Brasil, muitas vezes era só falar o que eu estava com vontade de comer e ela logo fazia. Amor de mãe né! S2

3 - Os dotes culinários vão aparecendo. Dizem que "filho de peixe, peixinho é", então, a cada receita testada que dá certo, ganho mais motivação para continuar fazendo comidinhas diferentes e, principalmente, comidas brasileiras.

4 - Não dá para ficar no básico. Comer todo dia o mesmo tipo de comida é algo complicado para mim. Eu adoro comer pratos diferentes, então, o jeito é testar tudo o que se vê!

5 - Nem sempre se está afim de comer fora. Comer fora aqui, além de ser caro, não é garantia de comer bem. Além disso, tenho muito mais prazer em comer uma comidinha caseira.

Por isso que estou curtindo essa vida de "ter de se virar".

Vi ses!

Priscilla

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Feriado "Tretondedag Jul"

Hej!!

Estou aqui para contar que hoje é feriado na Suécia! Eba!

O feriado se chama Epifania, Epiphany ou Tretondedag Jul. Trata-se do 13º dia após o Natal. 

É um feriado cristão, que celebra o dia em que os Três Reis Magos visitaram o menino Jesus, e também é o dia em que São João batizou Jesus.


É um dia em que muitas pessoas vão à igreja, crianças se vestem de Reis Magos, desmontam as árvores e decorações de Natal.

Aqui na Suécia, este é um dos feriados mais antigos, sendo celebrado desde o século II,

Curiosamente, mais uma celebração religiosa na Suécia, que é tão conhecida por não ter apelo nem foco em religião. Grande parte dos suecos se dizem pagãos. 

Os feriados de cunho religioso sempre reacendem discussões na Suécia, muitos gostariam que fossem facultativos. muitos não querem celebrações religiosas, então, podemos encontrar várias matérias nos jornais com diversos pontos de vista. Fato é que a celebração continua firme e forte. E, independentemente da religião, os suecos adoram feriados, pois logo fazem seus planos para viajar e, muitas vezes, fugir um pouco do frio.

Vi ses!

Priscilla

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Suécia – A família real que tem um toque de Brasil (BPM)

Hej,

No mês de Dezembro/16, escrevi um artigo para o BPM, contando um pouco sobre a Família Real Sueca. Leia a matéria na íntegra, que tem muito mais detalhes e informações, clicando aqui.

Entre grandes aventuras vikings, deuses nórdicos e bolinhos de canela (kanelbulle), a Suécia tem também como uma de suas grandes referências a família real.
Para quem mora na Suécia, quer visitar o país ou simplesmente gosta das histórias deste povo nórdico, conhecer um pouco sobre a família real é algo muito importante, uma vez que a família real representa a Suécia e os suecos. Dessa forma, como todo sueco, eles também prezam pela discrição. Entre amor e ódio, há muitas correntes, blogs, páginas de Internet e grupos em redes sociais que defendem a extinção da família real na Suécia; afinal, em cifras, são aproximadamente SEK 65 milhões anuais destinados a tudo o que envolve manter a família como representante da Suécia.
Palácio de Drottningholm
(Foto: Arquivo Pessoal)
A família real é formada pelo Rei Carlos e pela Rainha Sílvia e é uma típica família sueca. Sem participações em escândalos, é possível encontrar os diversos integrantes desta família exercendo seus papéis como engajadores sociais, participando de missões em campos de refugiados e workshops sobre a atual situação de imigrantes na Suécia, ou em jantares beneficentes. A família toda também é constantemente flagrada por paparazzi de plantão em atividades rotineiras como buscar os filhos na escola, fazer compras, dirigir - e não, os carros não são com vidros escuros, também não andam cheios de escolta e motorista são eles mesmos -, ou até mesmo levando os cachorros para passear e recolhendo seus dejetos.

Rainha Sílvia – um toque de Brasil
O que torna a família real sueca de interesse para muitos brasileiros é o fato de a rainha Sílvia ter ascendência brasileira.
Nascida em 23 de dezembro de 1943, na cidade de Heidelberg, Alemanha, ela é filha do alemão Walther Sommerlath e da brasileira Alice Soares de Toledo. Sua mãe era descendente direta do rei Afonso III de Portugal. Casou-se com seu pai, um grande empresário da época, e logo se mudaram para a Alemanha, onde todos os filhos do casal nasceram. Entretanto, entre os anos de 1947 a 1957 a família morou em São Paulo, por conta do trabalho do pai da rainha; inclusive os filhos do casal chegaram a estudar em escola da capital paulista. Já de volta à Alemanha, Sílvia cresceu, estudou e trabalhou. Ela é graduada em Interpretação, com especialização na língua espanhola.
Amante das Letras, a rainha Sílvia fala nada menos do que seis línguas: sueco, alemão, espanhol, português, francês e inglês, além de ter fluência em libras, a linguagem utilizada pelos portadores de necessidades auditivas especiais.
Reconhecida, principalmente, pela sua simpatia como rainha, Silvia tem muitas atividades que exerce não apenas como cumprimento de seu papel de rainha, mas também como seu papel na sociedade. Assim, a rainha Sílvia é fundadora e participante ativa de projetos sociais como, por exemplo, o “World Childhood Foundation”, uma fundação em prol dos direitos da infância. Hoje esta organização tem como foco o combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes pelo mundo. No entanto, cuida também de temas como a pobreza. Esta instituição já distribuiu mais de 40 milhões de dólares através de diversos projetos apoiados pelas 16 nações que são atendidas por seus mais de 100 programas.
Vi ses!!

Priscilla