quinta-feira, 23 de março de 2017

Meu primeiro emprego na Suécia

Hej!!

Hoje, vou contar minha saga para conseguir um trabalho fixo na Suécia.

Cada um tem sua experiência, seus objetivos, e eu vou contar qual foi a minha opção ao chegar aqui.

Antes de me mudar, escutei várias histórias de pessoas que vieram, de pessoas que passaram uma temporada. Saindo de SBC como professora de inglês e tendo um CV com 10 anos de experiência na indústria, eu escolhi tentar tudo aquilo que eu tenho experiência comprovada.

Não estava em meus planos ser babá, atendente de loja, trabalhar em lanchonete. Simplesmente, porque a essa altura de minha vida, eu já sei bem aquilo que gosto e não gosto de fazer. E trabalhar por trabalhar não era opção.

  • O dia em que decidi procurar emprego


Após 1 mês que estava aqui, um belo dia, acordei e decidi que queria mudar. A vida de acordar às 10h da manhã, definitivamente, não era o que eu queria. Queria arrumar um trabalho fora, procurar emprego. Entrei no YouTube, assisti alguns vídeos de brasileiros que moram na Suécia, peguei as dicas  e passei o dia todo em frente ao computador procurando um trabalho.

Meu foco foi procurar emprego na Agência Nacional de Empregos da Suécia, que se chama Arbetsformedlingen, nas grandes multinacionais que tem sedes/escritórios nas proximidades da cidade em que moro - como Scania e AstraZeneca -, e também usar as redes sociais de emprego.

Foram muitos dias de procura, muitos CVs enviados, muitas entrevistas, muitos NÃOs, até conseguir.

Às vezes, dava vontade de desistir. Às vezes, ficava cansada, chateada. Mas desistir, efetivamente, NUNCA.

  • Arrumando o CV e a Carta de Apresentação


Aqui, não adianta apenas enviar o CV. A grande maioria das empresas pede que se faça um cadastro online, e lá precisei colocar meu CV, uma carta de apresentação (mais conhecida como Cover Letter), e cópia dos meus certificados e diploma.

Então, quando decidi procurar trabalho, eu olhei as vagas, li como as vagas eram escritas, o vocabulário que se usava aqui, e havia chegado a hora de reescrever meu CV no "padrão sueco".

Como minha ideia era "atirar para todos os lados que minha experiência permitia", eu escrevi um CV para vagas em empresas e outro para vagas em escolas, assim como as apresentações.

Além disso, durante meu processo de me candidatar a vagas, fiz vários ajustes dependendo da vaga em questão.

  • A barreira


Minha grande barreira para começar a trabalhar logo foi o idioma.

Não foi 1, nem 2, nem 3 vezes, que me disseram que eu seria perfeita para a vaga, SE não fosse o fato de não falar sueco.

Foi então que eu decidir mergulhar de cabeça nos estudos de sueco e aprender o máximo que podia no menor tempo possível.

E parece que quando fazemos a escolha certa, as portas vão se abrindo.

  • Final feliz


Depois de 9 meses de Suécia, zilhões de horas em frente ao computador, outras muitas em sites de emprego e de empresas, outras muitas refazendo CV, enviar dezenas de CVs por dia, receber outras dezenas de emails que a vaga foi concluída, participar de entrevistas, estudar muito sueco, finalmente, chegou minha vez.

Nada é por acaso. Nada é fácil. Nada vem sem trabalho, sem suor.
Parece clichê, mas é verdade.


Meu primeiro dia de trabalho.
Foto: Arquivo Pessoal

Vi ses!

Priscilla

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